quinta-feira, 17 de março de 2016

De repente.... Sede de ti!

Dizem que as melhores coisas da vida acontecem de repente. Assim, sem a gente programar. Tá certo, isso é meio clichê, mas foi isso mesmo que senti na segunda vez que nos vimos. Até porque essas coisas clichês não combinam mais comigo. Sei lá. Parece que meu coração foi ficando envelhecido diante das teias ilusórias da paixão. Isso, teias que me prendem, me enlaçam, me confundem, porém me definem também. Eu estava cansado. Voltando para casa. Andando pelas calçadas de uma rua sem fim até chegar perto do meu cantinho. Peguei outro caminho. Algo meio inconsciente. Perto do barzinho na esquina da rua, encontro meu amigo, Fabricio, e seus eternos amigos-tira-colo. Sentei um pouco. Conversamos um pouco. E no meio da conversa ele solta: “ele está chegando por aí. E eu vi que você não tirou os olhos dele no último encontro nosso!” Aiiiiiii. Fiquei com vontade de bater em Fabricio, depois com vontade de bater em mim, nessa minha transparência (risos tímidos e com raiva). Depois de um certo tempo, levanto da mesa. Vou até o caixa. Pagar minha conta. Precisava ir embora. Ao voltar para mesa. Vejo você conversando com Fabricio. Tento disfarçar o sorriso nos lábios, a frieza na barriga, o brilho nos olhos. Se o corpo fala, o meu grita quando te ver. Não gosto disso. Fico muito entregue, sei lá! (Risos com raiva de novo). Vou andando bem devagar. Percebendo os detalhes. Contemplando-te em cada milímetro. Dessa vez seus cabelos estavam soltos. A camisa escura contrastava com sua pele clara e deixava aparecer um pouco mais de seu corpo. Era algo meio misturado, andrógino. Às vezes, forte. Outras, fraco. No entanto, sempre belo. Era esse misto-mistério que mais me atraía em você. A parte mais linda foi quando você me viu. Sorriu. Meio de lado. Um sorriso mistério encoberto pelos seus cabelos que escondiam a verdade da alegria do encontro de nossos olhos. Você virou as costas. Continuou conversando. Mexeu os cabelos. Mostrando a nuca. Levantando os braços. Revelando a parte mais bela do seu corpo: os sinais. Cheguei perto. Te dei um cheiro. Conversamos um pouco. Nos afastamos. Só os corpos. Pois ao longe nossos olhos eram só encontros. Sorrimos de longe, de perto. De lado, de frente. Até que nos beijamos mais uma vez. Um beijo que veio em meio a um silêncio. Contudo, muitos risos e olhares cúmplices. Voltei para casa. Em mim ficaram as marcas de sua timidez, de seus sorriso e de sua vontade de mim. E antes de dormi, de deitar, fui até a cozinha. Estava com muita sede, mas não estava calor. Bebi água. Mas a sede não cessava. Fechei a geladeira. Sorri e voltei para minha cama solitária. Pois ali, descobri que dormia feliz pois tinha, na verdade, sede de ti.

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